Uma menina inglesa que perdeu os dois braços e as duas pernas por causa de uma meningite ganhou de presente de Natal próteses cor-de-rosa para poder andar novamente.
Charlotte Nott, de 5 anos, contraiu há dois anos a forma mais letal dessa infecção que atinge as meninges, membranas que protegem o cérebro e a medula espinhal. Os médicos do Hospital John Radcliffe, em Oxford, conseguiram salvar a vida da menina, mas tiveram que amputar os dois membros superiores abaixo dos cotovelos e os dois inferiores abaixo dos joelhos.
Em junho do ano passado, Charlotte recebeu as primeiras próteses do Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês) do Reino Unido, mas tinha dificuldade para andar com elas. A menina só conseguiu agora caminhar confortavelmente de novo, depois que um doador anônimo comprou próteses de última geração para ela, no valor de quase R$ 20,2 mil.
Segundo a mãe, Jenny Daniels, de 31 anos, a filha ficou muito feliz e agora ninguém mais a segura. No fim de 2010, a mulher e o marido, Alex, se preparavam para sair de férias com a menina e o caçula George quando a pequena desenvolveu uma infecção generalizada chamada septicemia meningocócica, que pode ser provocada tanto por vírus quanto por bactérias.
Os pais notaram que Charlotte apresentava manchas roxas no peito e chamaram o serviço de emergência. Assim que chegou ao hospital, a criança teve falência múltipla dos órgãos, mas sobreviveu. A equipe médica conseguiu impedir a propagação da doença, mas cinco dias depois os dedos das mãos e dos pés da paciente estavam pretos ? pela gangrena ? e tiveram que ser amputados em janeiro do ano passado.
Passada a operação e a fase de recuperação, a menina aprendeu a desenhar com a boca e a rastejar para se locomover pela casa. Depois, conheceu a amiguinha Ellie Challis, do condado de Essex, que também teve meningite e perdeu os quatro membros quando ainda era bebê. Ellie usa próteses e uma cadeira de rodas adaptada.
Atualmente, a família de Charlotte está tentando levantar dinheiro para comprar uma nova prótese para a menina no futuro, assim que ela crescer e essas pernas artificiais ficarem pequenas.