Dois carros-bomba atingiram delegacias de polícia no leste da Turquia, matando seis pessoas e ferindo pelo menos 219, afirmaram autoridades do país nesta quinta-feira (18).
Um ataque ocorreu na província de Van no fim da quarta-feira e matou um policial e dois civis. Pelo menos 73 outras pessoas - 53 civis e 20 policiais - ficaram feridas, segundo funcionários. Horas depois, outro carro-bomba foi detonado na cidade de Elazig no início desta quinta-feira, matou pelo menos três policiais e feriu 146 pessoas, afirmou o governador Murat Zorluoglu. Pelo menos 14 pessoas estão em estado grave após duplo atentado na Turquia.
Autoridades já atribuíram o primeiro ataque ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que lançou uma campanha de carros-bomba contra delegacias de polícia ou de ataques com bombas contra viaturas. Na semana passada, Cemil Bayik, comandante do PKK, ameaçou realizar mais ataques contra a polícia em cidades turcas.
A violência entre o PKK e as forças de segurança turcas recomeçou no ano passado, após o colapso de um frágil processo de paz. Desde então, mais de 600 membros das forças de segurança turcas e milhares de militantes do PKK foram mortos, segundo a agência estatal Anadolu. Grupos pelos direitos humanos afirmaram que centenas de civis também morreram nos confrontos.
Dezenas de milhares de pessoas morreram no conflito desde que o PKK tomou armas para lutar pela autonomia do sudeste turco, em 1984. A Turquia e seus aliados consideram o grupo uma organização terrorista.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin, nesta terça-feira (9), na Rússia. A dupla de autoridades se comprometeu a impulsionar os negócios e os laços nos setores de energia e turismo, em um encontro realizado para encerrar um período de meses de dificuldades na relação bilateral entre Moscou e Ancara.
Em entrevista coletiva após as conversas, Putin disse que a Rússia irá gradualmente retirar as sanções comerciais impostas após jatos turcos F-16 derrubarem um avião russo perto da fronteira síria, em novembro, o que levou a um congelamento das relações diplomáticas entre os dois países. As sanções atingiram as exportações de frutas e vegetais da Turquia para a Rússia e restringiram o fluxo de turistas russos para as praias da Turquia, uma das principais fontes de caixa para este país.