Donald Trump levantou nesta quinta-feira (30) a possibilidade de adiar as eleições presidenciais, marcadas para o dia 3 de novembro, apesar da data estar expressa na Constituição dos Estados Unidos. O presidente, sozinho, não pode adiar as eleições --para isso, seria preciso autorização do Congresso.
Sem apresentar evidências, ele repetiu o argumento de que pode haver fraude na votação por correio, e então afirmou: "Adiar as eleições até que as pessoas possam votar com segurança?". Não há evidências de fraude generalizada dos eleitores por meio de votação por correio. Cinco estados já se baseiam exclusivamente nas cédulas por correio e dizem que têm as salvaguardas necessárias para garantir que alguma pessoa ou entidade estrangeira hostil não atrapalhe a votação. Especialistas em segurança eleitoral afirmam que todas as formas de fraude eleitoral são raras.
Trump tem procurado cada vez mais questionar as eleições de novembro e o aumento esperado nas votações por correspondência, como consequência da pandemia de coronavírus. O presidente dos EUA chamou as opções de votação remota o "maior risco" para sua reeleição. Sua campanha e o Partido Republicano entraram na Justiça para combater a prática.
No mês passado, Trump disse aos apoiadores no Arizona que "esta será, na minha opinião, a eleição mais corrupta da história do nosso país".
"Com voto por correspondência universal (não voto em ausê, que é bom), as eleições de 2020 serão as mais imprecisas e fraudulentas da história das eleições. Será um grande constrangimentos para os EUA. Adiar as eleições até que as pessoas possam votar apropriadamente e seguramente?", falou Trump.