Pelo menos 30 pessoas morreram nesta sexta-feira e 1.076 ficaram feridas pelos distúrbios ocorridos no Egito, informaram neste sábado fontes do Ministério da Saúde egípcio citadas pelo canal de televisão estatal. Partidários e opositores do presidente deposto Mohammed Mursi entraram em confronto em várias localidades do país, após um dia de intensas manifestações.
Pelo menos quatro das mortes foram registradas em frente à sede da Guarda Republicana, onde os islamitas acreditam que Mursi está retido, segundo a Procuradoria Geral, que designou um legista para investigar o fato.
Por outro lado, a calma voltou neste sábado aos arredores da Praça Tahrir, onde ontem houve distúrbios que levaram as Forças Armadas a se mobilizarem inclusive com tanques. No entanto, em comunicado divulgado nas últimas horas, a Irmandade Muçulmana convocou a população a continuar protestando no Egito para reivindicar a restituição de Mursi.
Os islamitas permanecem na praça de Rabea al Adauiya, no leste do Cairo, para pedir a volta à ordem constitucional e o cancelamento de todas as decisões tomadas após o golpe de Estado ocorrido na quarta-feira. Além disso, exigem a restauração da Constituição, suspensa temporariamente pelas Forças Armadas, e o início de um diálogo para reformá-la por consenso.