EI aprova lei que permite execução de bebês com síndrome de Down

Mais de 38 crianças já foram mortas desde a criação da lei.

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O EI (Estado Islâmico) estabeleceu uma nova regra para os territórios dominados pelo seu regime extremista: o assassinato de bebês com síndrome de Down ou deficiências e deformidades congênitas.

De acordo com o grupo ativista iraquiano Mosul Eye, mais de 38 crianças já foram mortas desde a criação da lei — a execução ocorre por meio de injeções letais ou sufocamento. A regra teria sido criada pelo juíz Abu Said Aliazrawi, com base na sharia, a lei islâmica.

Membros do Mosul Eye disseram que descobriram a nova prática do EI enquanto monitoravam o número de crianças com deficiência mortas.

— Percebemos um aumento no índice de crianças com síndrome de Down e deficiência congênita mortas, então resolvemos entender o motivo. Foi aí que descobrimos a nova lei criada pelo EI.

A organização disse que as mortes ocorreram principalmente nos campos do grupo localizados na Síria e em Mosul, cidade do norte do Iraque.

— Não contentes com a morte de mulheres, homens e idosos, o EI agora mata crianças.

Nazismo

As novas práticas do EI foram comparadas ao nazismo — regime em que ao menos 5.000 crianças "especiais" foram assassinadas. Por terem problemas mentais ou mobilidade reduzida, esses jovens eram considerados um "fardo" para o Estado.

Chamada de "eutanásia de crianças", a prática nazista foi um percursor para morte de crianças em campos de concentração. A comparação com o regime de Adolf Hitler fez com que muitas pessoas se manifestassem contra a nova lei do Estado Islâmico.

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