A crise parece ter chegado mesmo a todos os lugares e a última vítima da escassez de dinheiro, não é bem uma vítima. De acordo com informações divulgadas pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos, a liderança do Estado Islâmico decidiu cortar pela metade o salário de todos os combatentes que atuam na Síria.
Em um trecho do documento divulgado, os terroristas escrevem que “devido às condições excepcionais pelas quais estamos passando, decidimos reduzir pela metade a quantia que se paga a todos os mujahedins [guerreiros santos, em tradução literal]”. Ainda não se sabe o impacto que a decisão terá nas tropas e nos líderes do EI, já que o documento explicita que não haverá exceções, mesmo entre os que ocupam postos de liderança, já que a redução afetará todos os combatentes, “independentemente da posição que ocupem”.
Não se sabe ao certo o salário pago pela liderança aos combatentes, mas o Centro de Análise de Terrorismo na França estima que a fortuna do EI chegue a R$ 7,7 bilhões, com renda proveniente da coleta de impostos nos territórios iraquianos e sírios que estão ocupados, de exportações petrolíferas e da venda de artigos históricos e culturais no mercado negro.