A enfermeira norte-americana Amber Van Brunt, de Shawnee, no estado de Oklahoma, luta para recuperar sua licença de trabalho, depois de uma decisão que a proíbe de exercer a profissão por 20 anos por ter tido relações sexuais com um paciente terminal sob seus cuidados, informou a imprensa local.
Amber, de 33 anos, vai comparecer nesta quarta-feira (19) diante de um juiz do condado de Oklahoma para pedir o cancelamento da decisão, tomada em agosto pelo comitê de enfermagem de Oklahoma.
O advogado de Amber disse que a relação foi consensual e que não aconteceu durante o expediente da enfermeira, mas sim quando ela o visitava "como amigo". Apesar disso, ela admite que "errou", por inexperiência, e que está arrependida.
O comitê de enfermagem afirmou que há provas de que a relação ocorreu nas horas de trabalho da enfermeira, mas afirmou que isso é "irrelevante", porque, mesmo se fosse em horário de folga, o relacionamento seria considerado antiprofissional.
Amber começou a cuidar de Chris Reiter, de 43 anos, na casa dele, em novembro de 2009. Casado, ele sofria da doença de Lou Gehrig, uma doença degenerativa do sistema nervoso. Vivia em cadeira de rodas, e os médicos previam que teria no máximo seis meses de vida.
A mulher de Chris, Liz, de 41 anos, afirmou que suspeitou do caso. Ela questionou o marido, que negou tudo.
Mas, posteriormente, ela descobriu e-mails trocados entre os amantes e que comprovavam o caso.
Liz afirmou que se sentiu "traída", depois de todos os cuidados que teve com o marido, com quem era casada desde 1996 e com quem tinha dois filhos.
Ele chegou a tentar suicído ao saber que Amber estava grávida de outro homem, segundo o relatório do comitê. Tomou uma overdose de relaxantes musculares, e foi salvo pela própria Amber, que ligou para o telefone de emergência.
Depois da tentativa de suicídio, Chris foi hospitalizado e nunca mais voltou para casa, morrendo em 21 de maio. Ele teria dito que foi "seduzido" e "estragou seu casamento", segundo a versão de Liz.
Liz denunciou Amber e depois se mudou com os filhos para o estado americano de Nebraska.