Erro com envelopes 'dá' Oscar a 'La la land' em vez de 'Moonlight'

Apresentadores receberam envelopes da categoria errada

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Uma empresa de auditoria responsável pelos envelopes com os vencedores de cada categoria do Oscar emitiu uma nota logo após a premiação com um pedido de desculpas pela confusão que deu a estatueta de melhor filme por engano para "La la land: Cantando estações". No fim, o verdadeiro vencedor foi "Moonlight: Sob a luz do luar"."Nos desculpamos sinceramente a 'Moonlight', 'La la land', Warren Beatty, Faye Dunaway e ao público do Oscar pelo erro que foi feito durante o anúncio de melhor filme", afirmou a PricewaterhouseCoopers, em nota publicada em sua conta no Twitter.

"Os apresentadores receberam envelopes da categoria errada por engano e, quando descoberto, foi imediatamente corrigido. Nós estamos investigando como isso pode ter acontecido, e nos arrependemos profundamente que isso tenha acontecido. Agradecemos a graça com que os indicados, a Academia, a ABC, e Jimmy Kimmel cuidaram da situação."

Mas o que aconteceu?

Ainda no palco, enquanto a equipe de "Moonlight" subia para agradecer, o ator Warren Beatty, um dos apresentadores da categoria, ao lado de Faye Dunaway, voltou ao microfone e explicou que tinha o envelope errado. "Eu quero contar o que aconteceu. Abri o envelope e dizia 'Emma Stone, La la land'. Por isso que eu dei uma olhada tão demorada a Faye e a você. Eu não estava tentando ser engraçado", disse o ator.

"Moonlight" levou ainda a estatueta de roteiro adaptado e de ator coadjuvante, para Mahershala Ali. "La La Land: Cantando Estações" ganhou seis prêmios: atriz, diretor, música original, trilha sonora, fotografia e design de produção. Damien Chazelle se tornou o mais jovem a ganhar como diretor. Casey Affleck levou o Oscar de ator por "Manchester à Beira-mar", filme que ganhou também a estatueta de roteiro original. Veja a lista completa de vencedores do Oscar.

Moonlight

"Moonlight: Sob a luz do luar" se tornou o Melhor Filme do Oscar neste ano ao narrar o crescimento de um garoto negro na periferia de Miami, nos Estados Unidos, que enfrenta desafios relacionados a sua raça e sexualidade. Mesmo sem estrelas e com uma narrativa simples e direta, o filme independente escrito e dirigido por Barry Jenkins foi colecionando prêmios e elogios.A vitória mostrou também uma nova mentalidade da Academia de Artes e Ciência Cinematográficas de Hollywood, após a péssima repercussão da campanha #OscarSoWhite (#OscarMuitoBranco), que criticava a ausência de artistas negros no Oscar de 2016.

Neste ano, a premiação bateu o recorde com o maior número de negros indicados: 20.

Coadjuvantes: discursos poderosos

Favoritíssimos, Viola Davis ("Um limite entre nós") e Mahershala Ali ("Moonlight: Sob a luz do luar") ganharam como coajuvantes. Fizeram discursos poderosos e emocionados."Quando me perguntam que papéis eu quero interpretar, eu digo 'dessas pessoas que não sabem o que é poder sonhar, poder atingir seus sonhos", disse a atriz. "Viola Davis foi indicada a um Emmy por esse discurso", brincou o apresentador Jimmy Kimmel.

Diretor mais novo, filme mais longo

Premiado como Melhor Diretor, Damien Chazelle se tornou o mais jovem a levar o prêmio, com 32 anos e um mês. "Quero agradecer Ryan e Emma por darem vida a este filme", disse Damien Chazelle. "Quero agradecer a minha família por sempre acreditarem em mim. E agradeço a Olivia. É um filme sobre amor e fico feliz por ter encontrado o amor fazendo este filme".

Outro recordista da noite foi "O.J.: Made in America". Com 7 horas e 47 minutos de duração, ele ganhou como Melhor Documentário. O filme superou "Guerra e Paz", longa russo que ganhou o Oscar de filme estrangeiro em 1969, com 7 horas e 7 minutos de duração. Outra curiosidade deste ano foi que o "homem mais azarado do Oscar" finalmente ganhou. Após 20 indicações sem vitória, o engenheiro de som Kevin O'Connel foi premiado por seu trabalho em "Até o último homem".

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