Nesta terça-feira (28), Espanha, Irlanda e Noruega oficializaram o reconhecimento da Palestina como Estado, decisão que provocou indignação de Israel. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, foi acusado de ser "cúmplice de incitação ao assassinato do povo judeu" pelo ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz. Sánchez defendeu que o reconhecimento é uma "necessidade para alcançar a paz" entre israelenses e palestinos e uma "questão de justiça histórica" para os palestinos.
"rejeição frontal" ao Hamas
Sánchez destacou que a decisão não é contra Israel, enfatizando que busca manter uma relação amigável com o país. Ele também rejeitou qualquer associação com o Hamas, afirmando que a decisão reflete uma "rejeição frontal" ao grupo. Em uma publicação na rede social X, Katz reiterou sua acusação a Sánchez e criticou a presença de Yolanda Díaz no governo espanhol, que recentemente afirmou que "a Palestina será livre do rio até o mar".
Apoio de outros países
O anúncio do reconhecimento foi coordenado na semana passada por Sánchez e seus homólogos da Irlanda e Noruega. Os três países esperam que esta medida simbólica estimule outros Estados a seguirem o mesmo caminho. A Noruega entregou uma nota verbal ao primeiro-ministro palestino, Mohamed Mustafa, para informar que a decisão entraria em vigor hoje, enquanto a Espanha e a Irlanda realizaram reuniões formais para oficializar o decreto.
divisão na união europeia
O reconhecimento da Palestina como Estado aumenta as divisões dentro da União Europeia. Enquanto alguns países como a França e a Alemanha consideram que não é o momento apropriado para tal medida, Espanha, Irlanda e Noruega esperam que sua iniciativa encoraje mais países a reconhecerem a Palestina. Até agora, 145 dos 193 Estados-membros da ONU reconhecem a Palestina como Estado.
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