A Costa Leste dos EUA tentava nesta segunda-feira (29) retomar a rotina após a passagem do furacão
Irene, que passou com menos intensidade do que previsto,mas mesmo assim deixou pelo menos 18 mortos no país e prejudicou 5 milhões de pessoas com blecautes.
A cidade de Nova York, que tomou medidas sem precedentes para se preparar para a tempestade, passou quase ilesa.
O Irene obrigou o fechamento do sistema de transporte público da cidade, que previa retomar o serviço gradativamente na manhã desta segunda-feira, e o cancelamento de milhares de voos, alguns dos quais serão retomados nesta segunda-feira.
A maioria dos serviços ferroviários que transportam a população dos subúrbios para a cidade de Nova York foi suspensa indefinidamente.
Na noite de domingo, o furacão foi rebaixado ao status de tempestade pós-tropical e atingiu o Canadá.
O furacão reservou a pior de sua fúria para cidades e subúrbios do nordeste, onde fortes chuvas e enchentes inundaram casas e cortaram o fornecimento de energia para milhões de pessoas. Nova Jersey, uma região suburbana, e Vermont, uma área rural, foram duramente atingidas.
A maior parte das mortes ocorreu na Carolina do Norte, onde o furacão atingiu a terra na manhã de sábado, com categoria 1 (numa escala até 5) e com ventos sustentados de 140 quilômetros por hora.
Um dos mortos foi um garoto de 11 anos que morreu vítima da queda de uma árvore sobre o prédio em que morava.
Também foram registradas mortes na Pensilvânia (4), Virgínia (3), Nova Jersey (2), Connecticut (1), Flórida (1) e Maryland (1).
O presidente dos EUA, Barack Obama, disse no domingo que os problemas causados pela chuva "não acabaram" e que as obras de recuperação podem durar semanas.
US$ 7 bilhões
Os danos provocados pela passagem do furacão podem chegar a US$ 7 bilhões.
O fenômeno custaria às seguradoras entre US$ 1,5 bi e US$ 3 bi em pagamentos por danos em casas, veículos e empreendimentos comerciais, afirmou ao "Los Angeles Times" Jose Miranda, diretor da Eqecat Inc., uma empresa de avaliação de catástrofes com sede em Oakland, Califórnia.
O prejuízo total, incluindo perdas não cobertas por seguros, alcançariam entre US$ 5 bi e US$ 7 bi, afirmou Miranda.
Em comparação, a passagem do furacão Katrina por Nova Orleans em 2005 provocou prejuízos superiores a US$ 70 bi.