Os estudantes italianos voltaram a protestar nesta quarta-feira (22) contra a reforma universitária do governo de Silvio Berlusconi, depois dos confrontos violentos de 14 de dezembro entre policiais e jovens em Roma, no momento em que o Senado votava uma moção de censura.
Em Palermo, Sicília, grupos de jovens atacaram a pedradas a sede da prefeitura e enfrentaram a polícia. Ele também queimaram latas de lixo.
Em Cagliari, Sardenha, os estudantes ocuparam por alguns minutos as vias da estação ferroviária central, enquanto em Milão e Nápoles os jovens perturbaram o trânsito.
Na capital Roma, onde as autoridades temiam a repetição dos distúrbios da semana passada, os estudantes foram obrigados a desistir de uma passeata que passaria por importantes sedes institucionais da área histórica, como o Senado e a Câmara dos Deputados.
Grupos de estudantes optaram por realizar pequenas passeatas e manifestações pacíficas pelos bairros periféricos de Roma, muitos deles vestidos com roupas de Papai Noel e máscaras, com direito a distribuição de flores aos curiosos.
O Senado deve votar a nova lei nesta quarta-feira, em meio a um gigantesco dispositivo de segurança.
A reforma universitária prevê, entre outras coisas, a fusão de entidades pequenas, a entrada no conselho de administração de particulares de fora do mundo acadêmico e a redução do poder dos reitores.
O governo alega que a educação universitária é ineficiente e precisa ser aperfeiçoada.