Um eventual terremoto no mar do Japão pode gerar em poucos minutos um gigantesco tsunami cuja altura alcançaria em algumas partes os 23 metros, segundo o primeiro estudo de simulação realizado por conta do governo japonês na costa oeste do país, onde onze centrais nucleares estão localizadas.
Uma dúzia de especialistas, encarregados pelo ministério de Transportes, de Ciências e pelo gabinete do primeiro-ministro, analisaram o comportamento de 60 falhas nas zonas marinhas localizadas entre Hokkaido (norte) e Kyushu.
Entre as 253 hipóteses estudadas com prováveis terremotos de diferentes intensidades, eles mostraram o que um terremoto de magnitude 7,9 no mar do Japão produziria.
De acordo com esta simulação, existiria um potencial risco de um tsunami de 23,4 metros na região de Setana, em Hokkaido, sobre duas zonas rochosas, e de 12 metros em Okushiri, também em Hokkaido, uma zona plana e habitada.
Além disso, mais ao sul, o maremoto alcançaria uma altura de 17,4 metros na costa da cidade de Aomori (norte de Honshu) e de 15,8 metros sobre a da vizinha Ishikawa (centro de Honshu).
Em terrenos planos habitados do norte da ilha de Honshu, a maior do arquipélago japonês, existiria o temor de um aumento de até 10 metros de seu nível em várias partes da cidade de Akita.
Um forte tsunami ocorrido no dia 11 de março de 2011 deixou mais de 18 mil mortos e afetou gravemente a central nuclear de Fukushima.