O cardeal de Chicago, nos Estados Unidos, Francis George, pediu desculpas na sexta-feira por comparar uma parada anual pelos direitos dos homossexuais a uma manifestação do grupo racista americano Ku Klux Klan.
Citado em uma entrevista ao jornal local "Chicago Tribune", George afirmou que estava "verdadeiramente arrependido pela mágoa que as declarações causaram". Ele afirmou que tem familiares gays e lésbicas, e suas observações "evidentemente feriram um bom número de pessoas".
A declaração do cardeal feitas no mês passado foram provocadas por planos de líderes do movimento gay local de realizar uma parada em um momento que interferiria com a agenda de uma igreja. George, na ocasião, disse que o evento se assemelhava a marchas anticatólicas que eram organizadas pelo Ku Klux Klan.
As datas do desfile foram alteradas, mas grupos defensores dos direitos gays condenaram as afirmações.
Um funcionário da organização The Civil Rights Agenda (em tradução livre, "Agenda dos Direitos Civis") --que havia pedido a renúncia de George por causa de suas declarações-- disse na sexta-feira que eles estavam satisfeitos com o pedido de desculpas.
Anthony Martinez, diretor-executivo do grupo de direitos dos homossexuais, disse que George demonstrou um bom exemplo de liderança ao admitir que estava errado.
Os ultrarradicais do grupo Ku Klux Klan cometeram uma série de assassinatos e atrocidades contra negros no século passado, quando lutava-se contra o fim da segregação racial e pelo movimento de direitos civis.