EUA chamam eleição da Venezuela de fraude e anunciam sanções

Departamento do Tesouro anunciou medida punitiva a 16 membros do governo e do Juciário venezuelanos.

Nicolás Maduro | Reprodução
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Nesta quinta-feira (12), os Estados Unidos anunciaram a imposição de sanções a 16 membros do governo e do Judiciário venezuelanos próximos ao presidente Nicolás Maduro, em resposta ao que Washington considera um processo eleitoral fraudulento.

Essas são as primeiras sanções aplicadas após as eleições de junho. Entre os sancionados está Caryslia Rodríguez, presidente do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela. Rodríguez foi a responsável por ler a sentença que reconheceu a vitória de Maduro, alegou a inexistência de fraude eleitoral e determinou que as atas eleitorais e os boletins de urna não devem ser divulgados publicamente.

Em julho, após as eleições, a Justiça Eleitoral do país declarou Maduro vitorioso, mas não tornou públicas as atas eleitorais, que registram os votos e resultados em cada local de votação. A oposição alega ter vencido com base em uma apuração das atas às que o grupo alega ter tido acesso através de representantes enviados às seções eleitorais no dia do pleito.

Além de Rodríguez, também foram sancionados os juízes Inocencio Figueroa, Malaquias Gil, Juan Carlos Hidalgo, Fanny Beatriz Marquez, Edward Miguel Briceno, além do promotores que Washington afirma terem envolvimento no resultado "ilegítimo e fraudulento" do pleito.

“Hoje, os Estados Unidos estão tomando medidas decisivas contra Maduro e seus representantes por sua repressão ao povo venezuelano e negação dos direitos de seus cidadãos a uma eleição livre e justa”, disse o secretário-adjunto do Tesouro dos EUA, Wally Adeyemo.

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