EUA e Ucrânia assinam acordo de defesa contra ameaças da Rússia

EUA e Ucrânia fortalecem laços para conter ameaças russas com acordo de defesa histórico de 10 anos.

Zelensky e Biden assinam acordo de 10 anos | Olivier Douliery/AFP
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Os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, assinaram, nesta quinta-feira (13), um acordo de 10 anos, que visa fortalecer as defesas da Ucrânia contra ameaças russas. A adesão ocorreu durante uma reunião bilateral realizada na Itália e representa um passo preparatório para uma potencial adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Segundo o texto do acordo, "As partes reconhecem este pacto como um apoio à aspiração da Ucrânia de se tornar membro da Otan".

GUERRA

Embora Zelensky tenha buscado a adesão da Ucrânia à Otan há algum tempo, o apoio foi comprometido por causa da guerra, perdendo o respaldo de algumas nações do grupo. Todavia, uma das cláusulas do pacto da aliança militar garante uma resposta coletiva a qualquer ataque contra seus membros.

“Nosso objetivo é fortalecer a defesa e capacidade de dissuasão da Ucrânia no longo prazo. A paz duradoura para Ucrânia deve ser garantida pela sua capacidade própria de se defender agora e deter agressões em qualquer momento no futuro”, disse Biden ao lado Zelenski, que agradeceu o apoio, mas expressou preocupações com o futuro. “A questão é saber por quanto tempo essa unidade vai durar”, disse o ucraniano.

DETALHES DO ACORDO

O acordo recém-assinado por Biden e Zelensky estipula que, em caso de ataque ou ameaça à Ucrânia, líderes militares de ambos os países se reunirão em até 24 horas para deliberar sobre uma resposta apropriada. Além disso, o documento especifica que os Estados Unidos se comprometem a fornecer assistência material, treinamento, consultoria, inteligência e outros recursos para apoiar a segurança ucraniana. Contudo, o acordo não inclui o envio de tropas americanas para Ucrânia.

"Para garantir a segurança da Ucrânia, os dois lados reconhecem a necessidade de força militar significativa, capacidades robustas e investimentos sustentáveis na defesa e indústria de base compatíveis com os padrões da Otan", afirma o texto.

AMEAÇA 

Antes da assinatura, autoridades disseram esperar que o acordo transcendesse as divisões políticas dentro dos Estados Unidos, mas reconheceram que Donald Trump ou qualquer futuro presidente poderia se retirar do acordo porque não é um tratado e não será ratificado pelo Congresso.

Com informações do g1 e Estadão

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