Autoridades de alto escalão dos Estados Unidos, Egito, Israel e Catar, incluindo o diretor da CIA, William Burns, se reuniram em Paris neste domingo (28) para discutir um possível cessar-fogo na guerra de Gaza. Fontes próximas às discussões afirmam que os EUA lideram as negociações e podem resultar na libertação de mais de 100 reféns mantidos pelo Hamas e na suspensão do conflito por aproximadamente dois meses.
Egito, Catar, Estados Unidos e Israel também entraram em contato com as autoridades francesas com o objetivo de avançar em direção a um acordo, segundo informaram as mesmas fontes.
Segundo o The New York Times que ouviram fontes envolvidas do Governo dos EUA, representantes estão otimistas quanto à possibilidade de um desfecho positivo, apesar de divergências importantes que ainda precisarem ser resolvidas.
Em um pronunciamento nesse sábado (27), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reafirmou o compromisso de garantir a libertação dos reféns . Desde o ataque terrorista do Hamas em outubro, que resultou na captura de centenas de pessoas, Israel diz que tem intensificado esforços para garantir a segurança dos cidadãos e a libertação dos prisioneiros.
Enquanto as negociações avançam, a situação humanitária em Gaza continua crítica, com escolas mantidas pela UNRWA enfrentando riscos de bombardeios e escassez de recursos básicos. O secretário-geral da ONU, António Guterres, fez um apelo urgente aos doadores internacionais para que continuem financiando a agência da ONU, destacando a necessidade crucial de assistência humanitária para os residentes palestinos.
No entanto, a UNRWA enfrenta desafios adicionais, com alguns países suspendendo parte do financiamento após acusações contra funcionários da agência envolvidos em atividades terroristas. Embora as investigações estejam em andamento, a suspensão dos fundos ameaça a continuidade dos serviços essenciais fornecidos pela UNRWA e aumenta o risco de uma crise humanitária ainda mais grave em Gaza.
Diante desse cenário, a comunidade internacional enfrenta o desafio de conciliar a busca por uma solução diplomática para o conflito em Gaza com a necessidade urgente de garantir o bem-estar e a segurança da população civil na região.
Com informações de O Globo