O deputado Mike Turner, que lidera o Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, alertou nesta quarta-feira, 14, que o país enfrenta "séria ameaça à segurança nacional". A preocupação surge em meio a relatos de que a Rússia estaria desenvolvendo uma arma nuclear antissatélite com capacidade espacial.
Segundo informações compartilhadas por militares dos EUA ao jornal "New York Times", a Rússia estaria envolvida no desenvolvimento desta arma. Detalhes sobre o armamento em questão ainda são escassos, mas autoridades norte-americanas revelaram que ele ainda está em fase de desenvolvimento e não foi colocado em órbita.
Embora a ameaça seja considerada séria, as fontes ressaltaram que, no momento, não representa uma urgência imediata para os Estados Unidos, seus aliados na Europa ou para a Ucrânia. Ainda assim, Turner instou o presidente Joe Biden a liberar informações confidenciais sobre a ameaça para permitir uma discussão aberta sobre as medidas necessárias para enfrentá-la.
O governo Biden não se pronunciou publicamente sobre o assunto, que permanece envolto em sigilo. Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, anunciou uma reunião com legisladores de Inteligência para tratar do tema. Esta reunião já estava agendada antes do comunicado de Turner.
Os senadores Mark Warner e Marco Rubio, respectivamente presidente democrata e vice-presidente republicano do Comitê de Inteligência do Senado, emitiram uma declaração conjunta, assegurando que estão monitorando de perto a situação e discutindo uma resposta adequada com a administração. Eles também pediram cautela na divulgação de informações sensíveis que possam comprometer as opções de ação dos EUA.
Enquanto isso, o governo Biden tem enfrentado pressão dos republicanos da Câmara dos Deputados em relação a um projeto de lei de gastos de segurança. Este projeto, aprovado pelo Senado, destina US$ 95 bilhões para auxiliar a Ucrânia, Israel e Taiwan. Os defensores do projeto argumentam que é crucial para proteger os interesses dos EUA diante das ameaças russas, que vão além das fronteiras ucranianas.