O governo dos Estados Unidos exigiu novamente nesta segunda-feira (7) que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pare com "todos seus esforços para desestabilizar a Ucrânia" e advertiu sobre novas "consequências" se a intervenção militar no país vizinho continuar.
"Se a Rússia se movimentar para o leste da Ucrânia, seja abertamente ou de forma encoberta, isto seria uma escalada muito grave (das tensões)", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, em sua entrevista coletiva diária.
"Estamos preocupados com vários movimentos progressivos na Ucrânia durante o fim de semana. Vimos como grupos de manifestantes pró-Rússia tomavam edifícios do governo nas cidades orientais de Kharkov, Donetsk e Lugansk, e há provas que sugerem que alguns destes manifestantes foram pagos e não eram residentes locais", disse.
Carney se referia aos atos ocorridos em Donetsk, onde um grupo de separatistas pró-Rússia montou barricadas em edifícios do governo, declarou a criação da República Popular Donetsk e anunciou um referendo separatista para 11 de maior. "Estas pessoas não têm a autoridade legal para tomar qualquer dessas decisões", criticou Carney.
Além disso, o funcionário afirmou que "há provas de que alguns dos manifestantes estavam sendo pagos" e frisou a preocupação do governo americano diante dos novos fatos.
"O que se passa em Donetsk é preocupante para nós pelo potencial de que ocorra mais incidentes e se use como um pretexto para outras ações e situações que não têm precedentes", argumentou.
"Podemos vislumbrar a partir de fortes evidências que alguns manifestantes foram pagos e que não eram residentes locais. E acho que isto pelo menos sugere que forças externas, e não as forças locais, estavam participando de um esforço para criar estas provocações", acusou.