Yulia Timoshenko, ex-primeira-ministra da Ucrânia e atual líder da oposição, foi condenada nesta terça-feira (11) a sete anos de prisão.
Timoshenko foi considerada culpada de usar o poder para "fins criminais" em um acordo sobre o gás com a Rússia, afirmou o juiz Rodion Kireev ao ler o veredicto da ex-premiê.
Kireev iniciou a leitura com um resumo das acusações contra a líder da oposição ao presidente Viktor Yanukovich, julgada por abuso de poder na assinatura do contrato do gás com a Rússia em 2009.
Timoshenko também foi condenada a pagar uma multa de US$ 200 milhões por danos.
"Glória à Ucrânia!", disse Timoshenko ao entrar no tribunal.
Centenas de militantes da oposição se reuniram nas proximidades do tribunal para manifestar apoio a Timoshenko.
Yulia Timoshenko denunciou um "veredicto inventado" pelo governo de Yanukovich.
"Este caso criminal foi inventado, o veredicto foi inventado. Yanukovich volta ao ano de 1937", declarou Timoshenko, em uma referência ao grande expurgo organizado naquele ano pelo ditador soviético Josef Stalin.
Ela afirmou que vai recorrer da sentença a um tribunal europeu.