O promotor Hamilton Castro, que investiga o pagamento de propinas pela Odebrecht no Peru, pediu a prisão preventiva do ex-presidente Alejandro Toledo (2001-2006), acusado de tráfico de influência e lavagem de dinheiro, envolvendo a empreiteira Odebrecht.
O anúncio foi feito pelo procurador-geral do país andino, Pablo Sánchez, em entrevista à emissora "RPP". Como o ex-mandatário está na França, a solicitação de detenção pode incluir uma ordem de captura internacional. Jorge Barata, ex-diretor da Odebrecht na nação latina, confirmou às justiças brasileira e peruana que Toledo recebeu US$ 20 milhões em propinas para garantir à empreiteira as obras de construção da Estrada do Pacífico, que liga os dois países.
A polícia já fez uma operação de busca e apreensão na mansão comprada pelo ex-presidente em Lima após deixar o poder. Toledo nega as denúncias e acusa seus inimigos de "perseguição". Barata também está sendo investigado, assim como Josef Maiman, empresário que teria servido de "laranja" ao ex-mandatário.
De acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Odebrecht pagou cerca de US$ 29 milhões em subornos no Peru entre 2005 e 2014.