Exército colombiano espionou os jornalistas em negociações com Farc

Segundo a rede de TV Univisión, mais de 2,6 mil e-mails trocados por repórteres e porta-vozes da guerrilha foram interceptados.

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O esquema de espionagem ilegal armado por setores do Exército colombiano para monitorar as negociações de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) também espionou jornalistas colombianos e estrangeiros que cobriam as conversas que ocorrem em Havana.

Segundo a rede de TV Univisión, mais de 2,6 mil e-mails trocados por repórteres e porta-vozes da guerrilha foram interceptados.

Entre os veículos espionados estão as agências de notícias AP, Reuters, Efe, DPA e AFP, meios de comunicação colombianos, como o Jornal El Tiempo e a TV Caracol, e representantes da imprensa europeia, como a TVE da Espanha e os diários alemães Suddeutschen Zeitung e Junge Welt, entre outros.

Na semana passada, a revista colombiana A Semana revelou a existência do esquema, que levo o ministro da Defesa a afastar a cúpula de inteligência do Exército até que as investigações fossem concluídas.

O presidente Juan Manuel Santos, que aposta no sucesso das negociações como um trunfo para sua reeleição em maio, criticou a espionagem e disse que ela não colabora para a paz.

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