A morte de Hashem Safieddine, apontado como sucessor de Hassan Nasrallah na liderança do grupo extremista Hezbollah, foi confirmada por Israel nessa terça (22). Safieddine, primo de Nasrallah, estava desaparecido desde os bombardeios israelenses no Líbano no início do mês. As Forças de Defesa de Israel afirmam que ele morreu em decorrência desses ataques, embora a data exata do óbito ainda não tenha sido divulgada.
O que aconteceu
Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah desde 1992, morreu em 27 de setembro após um ataque aéreo israelense a instalações do grupo em Beirute. Ele era considerado a principal figura do Hezbollah e uma peça central na estrutura do grupo. O Hezbollah ainda não se manifestou oficialmente sobre a morte de Safieddine ou sobre o anúncio feito por Israel.
Função
Hashem Safieddine, além de ser parente de Nasrallah, comandava o conselho executivo do Hezbollah, responsável por questões administrativas e financeiras. Ele também fazia parte do conselho da Jihad, que coordenava as atividades militares do grupo. Safieddine ganhou destaque público nos últimos anos, especialmente ao representar o Hezbollah em eventos e pronunciamentos nos quais Nasrallah evitava aparecer por motivos de segurança.
Parentesco
O envolvimento de Safieddine com o Hezbollah tinha profundas conexões com o Irã. Seu filho, Rida, é casado com a filha do general Qassem Soleimani, comandante da Força Quds da Guarda Revolucionária do Irã, morto em 2020 por um ataque de drone dos EUA. Além disso, seu irmão Abdullah atua como representante do Hezbollah em Teerã, fortalecendo os laços entre o grupo e seus apoiadores iranianos.
Cotação
Outro nome cotado para assumir a liderança do Hezbollah é Naim Qassem, que atuava como vice-chefe do grupo e foi apontado como líder interino após a morte de Nasrallah. Qassem tem sido a figura pública do Hezbollah nas últimas semanas, fazendo discursos televisionados e tentando reforçar a imagem de que o grupo permanece organizado e forte, apesar das perdas significativas.
Baixas
Em um discurso recente, Naim Qassem reconheceu os "golpes dolorosos" sofridos pelo Hezbollah devido aos ataques israelenses, mas garantiu que o grupo está em processo de reorganização. Ele também indicou que o Hezbollah apoiaria um cessar-fogo no Líbano, embora tenha enfatizado que a organização não abandonaria suas posições ou desarmaria suas forças.