A explosão de um carro-bomba na manhã desta quinta-feira (21) perto da sede do partido Baath, no centro de Damasco, matou e feriu "um grande número de civis", anunciou a agência oficial síria Sana.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, ONG ligada à oposição, pelo menos 53 pessoas morreram. De acordo com a ONG, os mortos eram em sua maioria civis, mas entre as vítimas também podem estar integrantes das forças de segurança.
O canal de televisão oficial Al-Ejbariya informou que entre os feridos estão crianças, ao lembrar que existe uma escola perto do local da explosão, no bairro de Mazraa.
Imagens de televisão mostraram pelo menos quatro corpos espalhados pela rua após a explosão, que a mídia estatal descreveu como um atentado suicida cometido por "terroristas" que combatem o presidente Bashar al-Assad, segundo a Reuters.
Um policial afirmou que o carro explodiu na Praça 16 de Novembro, perto da mesquita Al-Iman, onde fica a sede do partido Baath, que governa na Síria há meio século, se acordo com a AFP.
A agência de notícias russa Itar-Tass citou um diplomata dizendo que a explosão estourou janelas da embaixada russa, que está de frente para a rua onde houve a explosão, mas ninguém ficou ferido.
A região central Damasco tem ficado relativamente distante do conflito de quase dois anos que já matou cerca de 70.000 pessoas em todo o país, de acordo com a ONU.
Mas os rebeldes que controlam bairros ao sul e leste da capital passaram a atacar o centro do poder de Assad há quase um mês, e têm realizado alguns bombardeios devastadores.
O grupo rebelde Al Jabhat Nusra, ligado à Al Qaeda, assumiu a responsabilidade por vários desses ataques.