Aisha Kadafi, filha de Muammar Kadafi refugiada na Argélia desde agosto, teria tentado falar com seu pai com um telefone por satélite, e recebeu de um rebelde a notícia de que Kadafi havia morrido, afirmaram dirigentes da insurreição nesta sexta-feira à agência EFE.
"Quando foi capturado, Kadafi dispunha de um telefone de satélite. O aparelho tocou e um dos rebeldes atendeu. A pessoa que falou se apresentou como Aisha e pediu para falar com seu pai", disseram as fontes.
A filha de Kadafi pensou que o rebelde era um membro da guarda de seu pai. "O rebelde lhe anunciou então a morte de Kadafi e a comunicação foi cortada nesse momento", explicaram as fontes.
Depois da notícia, Aisha teria feito contato com membros do conselho militar de Misrata para saber o que iam fazer com o corpo de seu pai, mas eles se negaram a fornecer detalhes.
A filha de Kadafi teria fugido da Líbia após os insurgentes tomarem o controle de Trípoli. As autoridades argelinas a acolheram no fim de agosto, junto com seus irmãos Hannibal e Mohammed, e sua mãe Safia, por razões humanitárias.
As mesmas fontes afirmaram à EFE que os corpos de Kadafi, de seu filho Moutassim e do ex-ministro de Defesa Abu Bakr Yunes, se encontravam ainda esta manhã em um local de Misrata mantido em segredo.
As fontes explicaram que um representante da justiça tirou amostras dos corpos de Kadafi e Moutassim para fazer uma prova de DNA, mas que os rebeldes se negaram a entregar os corpos.
Desde a noite de quinta-feira, a cidade de Misrata e sua periferia recebem várias medidas de segurança e o acesso está proibido a quem não dispõem de um salvo-conduto emitido pelo conselho militar local.