Flórida discute trabalho infantil para preencher vagas de imigrantes

Em 2023, uma lei passou a permitir que jovens de 16 e 17 anos que estudam em casa trabalhem sem limitações de horário.

Capitólio no estado da Flórida | Mark Wallheiser/Getty Images via CNN Newsource Capitólio no estado da Flórida | Foto: Mark Wallheiser/Getty Images via CNN Newsource
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O estado da Flórida discute um projeto de lei que pode flexibilizar as regras sobre trabalho infantil, permitindo que adolescentes de até 14 anos trabalhem no período noturno durante dias letivos. A proposta surge em um momento em que empresas estatais enfrentam dificuldades para preencher vagas mal remuneradas, intensificadas pela repressão do governo estadual à contratação de imigrantes irregulares.

Governo apoia medida

Segundo matéria de Jordan Valinskyda, da CNN, o governador Ron DeSantis, que apoia a medida, argumenta que os jovens poderiam ocupar postos tradicionalmente preenchidos por imigrantes. Ele defende que o trabalho estudantil era uma prática comum no passado e que não há problema em adolescentes assumirem funções de meio período. No entanto, economistas alertam que a repressão à imigração pode agravar a escassez de trabalhadores e impactar a economia estadual.

Eliminação de intervalos

Nos últimos anos, a Flórida tem afrouxado as restrições ao trabalho infantil. Em 2023, uma lei passou a permitir que jovens de 16 e 17 anos que estudam em casa trabalhem sem limitações de horário. Agora, a nova proposta inclui a eliminação de intervalos obrigatórios para refeições de adolescentes de 16 e 17 anos e a remoção de restrições de jornada para aqueles que estudam em casa.

Violações

A fiscalização sobre violações de trabalho infantil tem se tornado um tema crítico no estado. Dados do Departamento do Trabalho dos EUA apontam que as infrações nessa área quase triplicaram nos últimos anos. Paralelamente, a legislação que exige que empresas com mais de 25 funcionários verifiquem o status migratório de seus empregados tem levado à saída de muitos trabalhadores imigrantes. (Fonte CNN)

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