A França está vivendo um momento decisivo neste domingo (5/7), com a realização do segundo turno das eleições legislativas, marcado pela incerteza sobre o futuro político do país. No primeiro turno, realizado no último domingo (30/6), a ultradireita, representada pelo partido Reunião Nacional (RN), saiu vitoriosa.
O partido liderado por Marine Le Pen conquistou 33% dos votos na Assembleia Nacional. A coligação do atual presidente da França, Emmanuel Macron, ficou em terceiro lugar com 20% dos votos, atrás da Nova Frente Popular (NFP), que obteve 28%.
Antes mesmo do primeiro turno, as projeções indicavam um cenário desfavorável para o grupo político de Emmanuel Macron, que dissolveu o Parlamento e convocou novas eleições legislativas no dia 10 de junho.
Inicialmente, as perspectivas eram de que a aliança liderada pelo atual presidente francês perderia cerca de metade das cadeiras no Parlamento, reduzindo-se das 250 atuais para algo entre 125 e 155.
No entanto, uma nova pesquisa divulgada na sexta-feira (5/7) mostrou a coligação de Macron recuperando terreno, com chances de conquistar entre 130 e 162 assentos na Assembleia Nacional.
O levantamento ainda mostra a ultradireita à frente na disputa, mesmo em meio aos protestos que tomaram as ruas da França contra a ascensão do conservadorismo no país, e importantes figuras públicas, como jogadores da seleção francesa, que se manifestaram contra os planos políticos do grupo liderado por Le Pen.
Os dados indicam que o Reunião Nacional (RN) pode conquistar entre 205 e 230 cadeiras no Parlamento. No entanto, esse número está longe dos 289 assentos necessários para a escolha de um novo primeiro-ministro para o país.