Garota de 2 anos tem reação alérgica terrível e quase morre após tomar o medicamento

Garota de 2 anos tem reação alérgica terrível e quase morre após tomar o medicamento

Garota | Reprodução
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Macey Marsh, uma criança inglesa de 2 anos de idade, lutou pela vida após sofrer uma reação alérgica grave ao Nurofen (ibuprofeno).

Poucas horas após a ingestão do medicamento, ela foi levada ao hospital com bolhas terríveis brotando de seu rosto, tendo os olhos grudados por muco.

Os médicos diagnosticaram uma reação rara a medicamentosa, chamada de Síndrome de Stevens Jonson, e contou aos pais, Matt e Sarah, que ela precisaria de um milagre para sobreviver.

Depois de 10 dias em tratamento intensivo, ela parece estar curada. Agora, sua família espera para saber se ela terá algum dano permanente em sua visão. O pai da criança, Matt Marsh, fotógrafo de 37 anos, revelou ter passado momentos aterrorizantes. "Houve momentos que não tínhamos certeza se a nossa menina iria sobreviver a tudo isso, muito menos se sua visão ficaria intacta”, revelou.

"Ver o rosto de sua filha coberto de bolhas e chorando com os olhos colados por muco é absolutamente devastador. Eu não desejo isso a nenhum pai”, relatou.

O drama de Macey

A luta de Macey começou há seis semanas, quando seus pais a levaram para o hospital com uma erupção cutânea e olhos inchados. Um médico assegurou-lhes que não era nada sério, e que a garota iria ficar bem depois de tomar o analgésico Nurofen, alternando com Calpol (paracetamol) pediátrico.

Porém, quando a mãe da garota, Sarah Marsh, de 37 anos, foi acordar sua filha na manhã seguinte, ficou horrorizada ao encontrar os olhos de Macey colados com o muco. Ela correu para o hospital da vizinhança, onde os médicos diagnosticaram a garota com escarlatina e a dispensou depois de medicar penicilina.

Na manhã seguinte o rosto da criança estava coberto por bolhas terríveis. Macey então foi levada para o Hospital de St. George, em Londres, onde especialistas na enfermaria de doenças infecciosas, a diagnosticaram com a Síndrome de Stevens Johnson.

A condição é causada por uma reação violenta a um vírus ou uma medicação e os médicos não deram muitas chances de sobrevivência aos pais da garota. Ela foi medicada com morfina e transferida para a UTI pediátrica, mas seu estado piorou, com as bolhas se espalhando pelo corpo.

"Estávamos no fundo do poço. A ideia de Macey ficar cega já era ruim o suficiente, mas a ideia de perdê-la era simplesmente insuportável”, revelou o pai.

Porém, depois de nove dias, ela abriu os olhos pela primeira vez - e foi autorizada a voltar para casa no dia seguinte.

Agora, depois de um mês, não se sabe sobre as condições de visão da menina e ela precisará de exames regulares para que se tenha a certeza que não restaram sequelas.

Seus pais agora farão uma queixa oficial sobre os hospitais anteriores consultados e ao medicamento em questão.

Um porta-voz do Nurofen emitiu um comunicado dizendo:

"Estamos muito tristes de ouvir sobre o estado de saúde de Macey Marsh e desejamos a ela uma recuperação rápida e completa. Levamos a saúde dos nossos clientes muito a sério. A Síndrome de Stevens-Johnson (SSJ) é uma reação extremamente rara, mas conhecida por um grande número de fatores, como infecções, medicamentos ou doenças. A causa exata para a reação é desconhecida e ela é imprevisível.

Embora as drogas anti-inflamatórias não-esteroides (AINEs) - um grupo de medicamentos que inclui o ibuprofeno, ingrediente ativo do Nurofen para crianças - também têm sido associados a casos raros de SSJ, não há nexo de causalidade confirmado.

A taxa de incidência da Síndrome de Steven Johnson é de 1 caso a cada 100 milhões de embalagens vendidas. A bula do Nurofen para crianças contém advertências que recomendam a interrupção imediata do uso nesses casos, sendo necessário consultar um médico caso ocorra descamação ou formação de bolhas e erupções cutâneas".

A Síndrome de Stevens Johnson

A Síndrome de Stevens Johnson (SSJ) é uma reação adversa grave a um medicamento. Foi nomeada dessa forma, após dois pediatras norte-americanos a descreverem em 1922.

A condição é incurável e 40% das pessoas que contraem a doença não sobrevivem. Ela afeta cerca de uma em cada um milhão de pessoas e é mais comum entre as mulheres.

Os sintomas incluem erupções cutâneas, bolhas na boca, ouvidos e nariz e inchaço das pálpebras. Se não for tratada a doença pode levar a morte. Possíveis complicações incluem cegueira permanente e danos nos pulmões.

Uma vez diagnosticada pelos médicos, o medicamente deve ser interrompido de imediato.

O tratamento inclui fluidos IV e fórmulas de alto teor calórico para promover a cicatrização. Os antibióticos são dados quando necessário para evitar infecções secundárias, tais como sepsia. Medicamentos para a dor, como a morfina, pode ajudar no conforto do paciente.



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