Didier Montalvo, de 8 anos, viajou de sua cidade natal na Colômbia para o Reino Unido a fim de conhecer outras crianças afetadas pela mesma rara condição que ele enfrenta.
Ele foi batizado de ?menino tartaruga? depois de desenvolver uma espécie de casco em suas costas, oriundo de uma mancha de nascença. Há três anos, o jovem foi submetido a uma operação de mudança de vida para remover o enorme tumor, a qual pesava cerca de 20% do seu peso corporal total.
A mãe do garoto, Luz Montalvo, disse: "Ele se sentiu muito mal antes da cirurgia, pois a condição o impedia de fazer um monte de atividades que ele gostava de fazer. Quando ouvia as pessoas chamando-o de ?menino tartaruga?, sentia-se muito triste e me perguntava, ?Por que eu tenho isso??. Era uma pergunta muito difícil de responder".
Didier foi diagnosticado com a doença rara chamada Nevo Melanocítico Congênito (CMN) em 2011. "Nós sempre tivemos a esperança de que algo seria feito?, afirma a mãe.
Graças ao cirurgião plástico, Neil Bulstrode, que operou o garoto de graça após conhecer sua história, Didier agora pode crescer e brincar como qualquer outra criança. Bulstrode disse: "Um dos principais focos para nós era tentar fazer com que Didier se sentisse melhor para poder se reintegrar na sociedade. Claro, também para aliviar o enorme peso que ele carregava, que era como se ele carregasse um saco de batatas eternamente?.
O cirurgião voou para a capital colombiana, Bogotá, para ajudar uma equipe de outros cirurgiões a remover o ?casco? de Didier, o qual havia crescido tanto que era temido se tornar maligno. Os médicos, em seguida, tiveram de realizar uma complicada série de enxertos de pele ao longo de várias etapas.
Bulstrode afirma: "Didier foi o pior caso que já vi. Efetivamente, três quartos da circunferência de seu corpo foram afetados".
Quando viajou para o Reino Unido, Didier conheceu uma companheira e sofredora de CMN, Jodi Whitehouse, que criou uma instituição de caridade chamada ?Caring Matter Now?, que funciona desde 1997 e tem o objetivo de apoiar as crianças que sofrem dessa condição no Reino Unido.
Ela disse: ?Apoiamos cerca de 400 famílias no Reino Unido e internacionalmente também. Oferecemos grupos de apoio e uma campanha para professores e funcionários de escolas, a fim de que eles conheçam melhor essa doença. É uma rede real e agora as crianças crescem sabendo que não estão sozinhas, como Dider pensava?.
Didier e sua mãe ficaram hospedados na casa de uma família sul-americana, em Londres, cujo filho de quatro anos de idade também tem a doença.
Jodi disse: "Eles são melhores amigos agora. Jogam futebol juntos no jardim e se divertem muito. A verdadeira amizade e o real vínculo foi construído".
Didier poderá ter uma vida normal, já que a operação foi considerada um sucesso!