Governo da África do Sul nega que Mandela esteja em estado vegetativo

O comunicado cita os médicos que atendem ao herói da luta anti-apartheid.

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A presidência da África do Sul negou nesta quinta-feira (4) a versão de que o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela está em um "estado vegetativo permanente". O comunicado cita os médicos que atendem ao herói da luta anti-apartheid.

Segundo documento judicial de 26 de junho divulgado pela imprensa, a família de Mandela pensou na possibilidade de desconectar a máquina que o mantém vivo.

"Ele está em um estado vegetativo permanente e respira por aparelhos. A expectativa de uma morte iminente está baseada em motivos reais e graves", escreveram quinze membros da família, incluindo sua esposa Graça Machel e sua filha mais velha Makaziwe, na queixa apresentada contra Mandla, o neto de Mandela que exumou os restos mortais de três filhos do herói da luta contra o apartheid.

"O estado de saúde de Nelson Mandela se agravou e os médicos aconselharam a família Mandela a desligar os aparelhos que o mantêm vivo artificialmente. Para não prolongar o seu sofrimento, a família Mandela considera esta opção como altamente provável", de acordo com o documento.

A queixa, que termina com a frase "eles esperam enterrar seu pai e avô", foi apresentada ao tribunal na quinta-feira, 27 de junho, um dia antes do início da audiência.

A presidência sul-africana anunciou, na noite de 26 de junho, que o presidente Jacob Zuma havia cancelado uma viagem a Moçambique, levantando temores de que o pior poderia acontecer com o paciente.

Em seguida, a presidência afirmou que o estado de saúde de Mandela era "crítico, mas estável", avaliação que segue sendo repetida até agora.

Mandela, de 94 anos, está há quase um mês internado em um hospital de Pretória, onde se internou para tratamento de uma infecção pulmonar.

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