Governo da Líbia vai deportar jornalista brasileiro preso

De acordo com o jornal, ele não estava com documentação regular na Líbia

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O governo da Líbia vai deportar o jornalista brasileiro Andrei Netto, um dos enviados do jornal O Estado de S. Paulo para cobrir os conflitos no país. Segundo o editor de Internacional Roberto Lameirinhas, o repórter não estava com a documentação exigida para trabalhar em território líbio. Após oito dias preso, Netto foi libertado nesta quinta-feira (10) e deve voltar para Paris, onde mora, nesta sexta (11).

Lameirinhas confirmou em uma coletiva em São Paulo que o repórter, que chegou à Líbia no dia 19 de fevereiro, "levou uma coronhada" no momento em que foi preso por forças aliadas ao presidente Muammar Kadhafi, no dia 2 deste mês. Ele ficou em uma cela isolada, onde recebia água e comida.

A editora Luciana Constantino também esteve na coletiva mais cedo e informou que Netto foi preso na Líbia por quatro homens e obrigado a usar um capuz. O jornalista já está em Trípoli, a capital do país árabe. O Estadão alega que Netto foi preso no momento em que tentava regularizar sua situação no país. De acordo com o editor de Internacional, um jornalista do "The Guardian" estava com Netto e continua preso na Líbia. "Ele ainda não foi libertado, está em outra prisão. É cidadão iraquiano e não britânico."

Lameirinhas disse que conversou com Netto pouco antes de 16h30 e ouviu que ele "está bem, sem nenhum tipo de ferimento". Em seguida, completou: "ele já falou com a mulher em Paris e está muito feliz em ser libertado". De acordo com o editor, o jornalista não foi agredido durante os oito dias da prisão que parece ficar em uma base militar nos arredores de Trípoli. "De maneira nenhuma ele foi torturado; exceto a tortura psicológica de ir para uma prisão em cela isolada." O repórter, assim que foi solto, recuperou seus documentos pessoais, o dinheiro que carregava e o laptop.

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