Governo do Egito nega bloqueio do Twitter e Facebook

Manifestações já deixaram três mortos e mais de 500 presos no país

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O governo do Egito negou nesta quarta-feira (26) ter barrado o acesso ao Twitter e ao Facebook durante os protestos que agitam o país desde a véspera.

O porta-voz do gabinete, Madgy Rady, disse que o governo respeita a liberdade de expressão e luta para protegê-la.

"O governo não iria recorrer a tais métodos", disse.

O site de microblogagem Twitter confirmou na noite de que seu site sofreu bloqueio no Egito, onde milhares de pessoas foram às ruas para protestar contra o governo de 30 anos do presidente Hosni Mubarak, de 82 anos.

Os protestos, no que os manifestantes chamaram de "Dia da Ira", terminaram em violência e quatro mortes, além de vários feridos e pelo menos 500 detidos.

"Acreditamos que a troca aberta de informações e opiniões beneficia sociedades e ajuda os governos a terem um contato melhor com o povo", escreveu a empresa de microblogs, ao confirmar a ocorrência do bloqueio do serviço.

O bloqueio havia sido anunciado por um site especializado nos Estados Unidos.

De acordo com o herdict.org, que monitora a acessibilidade de sites pelo mundo, era impossível usar o site de microblogs -que permite trocar mensagens de 140 caracteres no máximo- a partir do Egito.

O Twitter inicialmente não havia confirmado a informação.

Relatos no próprio Twitter nesta quarta-feira falavam que a rede social Facebook também estava bloqueada no país.

O site de microblogs, assim como a rede social Facebook, desempenhou um importante papel de transmissão de informações na revolta popular que causou a saída do presidente da Tunísia, Ben Ali, após 23 anos de governo.

Os protestos tunisianos inspiram a atual revolta egípcia contra o governo Mubarak, e entidades como a Juventude do 6 de Abril usaram a ferramenta para divulgar e organizar os protestos..

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