O ex-presidente russo e vice-presidente do Conselho de Segurança de Putin, Dmitry Medvedev, afirmou que a derrota da Rússia na guerra contra a Ucrânia pode ser o início de uma ameaça nuclear.
A declaração ocorreu em uma publicação no Telegram oficial de Medved, nesta quinta-feira (20/1), dois dias após o Kremlin anunciar a conclusão do Poseidon, o “torpedo do juízo final” de Vladimir Putin.
O presidente dos EUA, Joe Biden, gesticula enquanto fala durante a 77ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) na sede da ONU em 21 de setembro de 2022 na cidade de Nova York. Durante seu discurso, Biden condenou a Rússia por sua invasão na Ucrânia e discutiu o investimento dos Estados Unidos no combate às mudanças climáticas. Após dois anos de realização da sessão virtual ou em formato híbrido, espera-se que 157 chefes de Estado e representantes de governo compareçam presencialmente à Assembleia Geral
“A derrota de uma potência nuclear em uma guerra convencional pode provocar a eclosão de uma guerra nuclear”, disse Medvedev. O ex-presidente da Rússia entre 2008 e 2012 lembrou que nenhum outro país com armas nucleares perderam guerras, e que esse pensamento deveria “ser óbvio para qualquer um”.
A fala do aliado de Putin coincide com o momento em que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) planeja se reunir com outras lideranças mundias para discutir ajuda militar à Ucrânia. E encontro, que deve reunir mais de 50 países, ocorrerá na base áerea de Ramstein, na Alemanha, nesta sexta-feira (19/1).
Atualmente, a Rússia lidera o ranking de países com mais armas nucleares no mundo. Segundo dados da Federação de Cientistas Americanos (FAS), 5.977 ogivas nucleares estão presentes em território russo.