O hacker Jake Davis, de 20 anos, acaba de deixar uma unidade de internação para jovens infratores na Inglaterra, após cumprir pena por integrar o grupo LulzSec.
Há cerca de dois anos, o LulzSec ganhou notoriedade ao reivindicar responsabilidade por uma série de ataques cibernéticos de alta visibilidade, incluindo contra os sites da CIA e da Sony.
Davis ficou 37 dias preso. Em 2012, ele havia sido sentenciado a 24 meses - mas usou um localizador eletrônico por 21 meses, que contou para reduzir seu tempo detido.
Mas apesar da liberdade, como parte de sua pena, ele agora enfrenta uma série de limitações na hora de usar a internet.
O jovem está proibido, por exemplo, de entrar em contato com membros do grupo, criar arquivos criptografados, apagar dados ou deletar seu histórico na internet.
Diário nerd
Em entrevista à BBC, Davies contou sobre sua experiência no centro de detenção. Disse que está planejando lançar um livro sobre seus dias detidos e fazer um filme sobre a internet.
Ele contou que, durante esse período, escreveu o que chamou de "diário nerd", usando apenas caneta e papel, que espera ser publicado em breve.
Já no Twitter, ele vem fazendo piadas sobre seu tempo preso.
"Fui demitido do cargo de faxineiro da prisão por passar pano próximo demais de um computador. Esses rodos ensopados e perigosos, não se engane, são uma ameaça séria ao GCHQ", tuitou, em referência ao órgão britânico de inteligência responsável pela segurança e espionagem nas comunicações do país.
Projetos
Atualmente, Davis está morando em Islington, no norte de Londres, de onde diz estar trabalhando em diversos projetos.
Entre eles estariam discussões sobre um projeto com a empresa de filmes de arte contemporânea Artangel, que confirmou que está em fase de conversações com o hacker.
A longo prazo, ele disse que está escrevendo o roteiro de um filme de ficção sobre a internet para a produtora Fly Film - que não foi encontrada para confirmar a informação.
Durante seu julgamento, a promotoria disse que as ações do LulzSec foram "covardes e vingativas".
"O prejuízo que eles causaram era previsível, amplo e proposital", disse o advogado Andrew Hadik. "Esse caso deve servir de alerta para outros cibercriminosos que eles não são invencíveis."