Haiti: ONU vai apurar acusação de homicídio por soldados do BR

Os militares teriam agredido e matado três jovens haitianos no começo desta semana.

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A Organização das Nações Unidas anunciou nesta sexta-feira que vai abrir um inquérito para apurar as acusações de lesão corporal e tentativa de homicídio supostamente cometidas por soldados brasileiros em missão de paz no Haiti. Em um forte golpe na imagem dos militares, a imprensa haitiana tem criticado duramente os oficiais da Minustah - a força internacional da ONU no Haiti, chefiada pelo Brasil. Os militares teriam agredido e matado três jovens haitianos no começo desta semana.

"A missão está fazendo de tudo para estabelecer os fatos assim que possível", disse nesta sexta o porta-voz da missão da ONU, Farhan Haq. "(A Minustah) reitera sua política de tolerância zero a respeito dos desvios de conduta do seu pessoal e irá examinar todas as acusações com a máxima seriedade", afirmou.

O incidente com os soldados brasileiros reacende as críticas à atuação da Minustah no Haiti. No começo do ano, soldados uruguaios foram acusados de violentar sexualmente um homem. A força de paz também enfrenta resistência de muitos haitianos, que que organizaram protestos e exigiram no ano passado a retirada completa da missão da ONU por causa da suspeita de soldados nepaleses terem espalhado uma epidemia de cólera no país, ao contaminar um rio com fezes.

No Haiti desde 2004, a ONU aumento seu efetivo no início do ano passado depois do terremoto que devastou a capital Porto Príncipe em janeiro. Há dois meses, o Conselho de Segurança da ONU voltou atrás e resolveu reduzir o contingente da missão em 2.750 soldados, mantendo-a com cerca 10.600 homem, o mesmo tamanho que tinha antes do tremor de terra.

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