Quando Roger Griffiths faturou quase R$ 6 milhões (2 milhões de libras) na loteria da Inglaterra, ele pensou que toda sua família poderia viver tranquila para o resto da vida. A história, no entanto, não foi bem assim.
Griffiths viveu em uma mansão, dirigiu um Porsche, viajou de férias para lugares luxuosos e mandou os filhos para uma escola que cobrava R$ 30 mil por ano. Depois disso, o dinheiro acabou e o britânico ficou na lama.
Ele perdeu a família e se viu obrigado a voltar a morar com os pais.
Segundo informações do tabloide britânico Daily Mail, a sorte de Griffiths começou a mudar quando ele ganhou na loteria, em 22 de outubro de 2005. Para ele, o prêmio estava ?envenenado?.
Quando ganhou o prêmio, ele e a mulher, Lara, gastaram R$ 600 mil em um salão de beleza para garantir uma renda estável para a família. Eles também planejavam investir em propriedades e na bolsa de valores. O casal também investiu cerca de R$ 2 milhões (670 mil libras) em uma casa nova em Wetherby, que passou a ser o novo endereço da família.
No começo, eles também aproveitaram para viajar de férias para lugares como Mônaco, Nova York (foto), Mallorca e Dubai.
Griffiths investiu ainda R$ 75 mil para gravar um CD com sua velha banda da adolescência. O disco foi um fracasso: vendeu apenas 600 cópias.
A vida deles começou a desmoronar em 2007, com a chegada da crise econômica à Europa, que derrubou seus investimentos em ações. Antes um trunfo, o salão de beleza começou a dar prejuízos de R$ 12 mil por mês.
Eles então foram obrigados a guardar as economias que não tinham sido investidas.
? Nós prometemos nunca mais ficar com um patrimônio abaixo de 1 milhão de libras (R$ 3 milhões). Mas não estávamos mais juntando dinheiro. (...) Nós sofremos uma hemorragia de dinheiro. Foi horrível. Uma vez que você experimenta a vida de milionário, é difícil voltar ao que era antes.
Para piorar, o casal acabou se separando. Depois disso, um incêndio atingiu a casa da família, onde moravam sua ex-mulher e os dois filhos, causando mais R$ 360 mil em perdas.
Hoje, para economizar, o ex-sortudo mora com os pais, enquanto tenta vender as duas casas que comprou. Ele trabalha como consultor independente de RH.
? Eu tinha tudo, mas perdi. Tenho vergonha de dizer isso, mas não fui inteligente o suficiente para fazer [o prêmio] dar certo. (...) Se não fosse por minha família, hoje eu teria problemas.
?Olhando para trás?, diz o britânico, ?é como se o prêmio estivesse envenenado?