
A disparada da gripe aviária nos Estados Unidos tem elevado os preços dos ovos e impulsionado importações. Em fevereiro, o preço médio da dúzia chegou a US$ 5,89 (R$ 33), o maior valor para o mês desde 1980. Para conter a crise, o governo Trump anunciou um pacote de US$ 1 bilhão (R$ 5,7 bilhões), destinado a biossegurança, apoio a produtores, pesquisas em vacinas e redução de encargos regulatórios.
Brasil aumentou exportações
Com a produção interna afetada, as importações cresceram significativamente, com destaque para o Brasil, que ampliou suas exportações em 93% em fevereiro na comparação anual, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal. Tradicionalmente, os EUA compram ovos do Canadá, Holanda, Reino Unido, China e Turquia, mas agora ampliaram a lista para Coreia do Sul, Indonésia e países europeus como Itália e Polônia.
Setor quer flexibilizar regras
Além do aumento nas compras externas, o setor tenta flexibilizar regras para amenizar os impactos da crise. A FDA analisa um pedido do National Chicken Council para autorizar o consumo humano de ovos produzidos em fazendas ligadas à entidade, atualmente descartados por não atenderem a regulamentações sanitárias em vigor há 15 anos. O objetivo é reduzir desperdícios e aumentar a oferta no mercado.
Ovos eliminados
Atualmente, estima-se que cerca de 400 milhões de ovos sejam eliminados anualmente devido às exigências de segurança alimentar. A medida proposta busca cortar burocracias e garantir um reforço no abastecimento diante da maior crise de gripe aviária registrada no país. (Fonte: Bruno Baroni/Uol)