A empresa Yadav Travels, dona do ônibus onde uma mulher foi estuprada por vários homens em Nova Délhi, foi proibida de operar na região da capital indiana. As licenças e registros da companhia privada foram cancelados porque ela violou as condições de permissão, segundo um funcionário do Departamento de Transportes de Nova Délhi.
No último domingo, uma estudante de medicina de 23 anos foi internada em estado grave após sofrer abuso sexual de pelo menos cinco homens, inclusive o motorista do ônibus. Após os estupros, ela e um amigo foram agredidos com barras de ferro e jogados para fora do veículo. A mulher passou por cirurgias, mas corre risco de morrer.
Apesar da suspensão da Yadav Travels, o sistema de transportes de Nova Délhi ainda oferece riscos aos 7 milhões de passageiros que viajam nos ônibus diariamente. As autoridades têm contratos com empresas privadas de coletivos que pegam pessoas em pontos públicos de ônibus. Outras companhias, como a Yadav Travels, têm contratos de permissão de transporte, mas não podem pegar passageiros nas ruas.
"Não existe segurança nesses ônibus", disse Ranjeet Singh, que participava de um protesto contra o estupro. "Eles correm o tempo todo. O governo deveria tirá-los das estradas", afirmou.
Segundo um pronunciamento da polícia de Nova Délhi, o motorista do coletivo onde ocorreu o abuso sexual estava "dando uma volta" com alguns amigos. O condutor decidiu parar em um ponto público e pegar passageiros com a intenção de usar o dinheiro pago por eles para comprar álcool.