Sharrif Wilson, 38 anos, sofreu um bocado. Em 1992, foi condenado por um triplo homicídio que sempre negou ter cometido. Ano passado ele foi finalmente libertado, mas o cheiro de liberdade não durou muito. Menos de um ano depois da saída da prisão, ele morreu por problemas respiratórios. Shariff morava no Harlem e em 1992 sua vida mudou completamente. Para pior!
Ele foi acusado de um triplo assassinato brutal. Uma mãe e duas filhas foram sufocadas por um fio elétrico e esfaqueadas logo depois.
Junto com Shariff, Antonio Yarbough, de 40 anos, também foi preso. Ele era filho e irmão das vítimas. Shariff acabou confessando o crime e denunciou Yarbough para garantir uma punição mais leve.
Mas em 2005 ele escreveu uma longa carta, se retratando e afirmando que havia sido coagido pela polícia. Na mesma correspondência enviada a Justiça, ele se desculpou por implicar Yarbough nos assassinatos.
Os dois suspeitos acabaram liberados em fevereiro do ano passado, após a promotoria concordar que faltavam provas para relacionar os dois ao crime. Desde o final de dezembro, Shariff estava internado para tratar de uma crise respiratória.
O ex-prisioneiro sofria de Síndrome de angústia respiratória do adulto, condição de saúde que foi muito agravada por seus anos na prisão. Segundo o advogado da vítima, Shariff "se tornou muito doente quando saiu da prisão", o que pode ter se agravado pelo fato dele ficar tanto tempo preso injustamente.