O governo israelense anunciou na quarta-feira (22), horário local — noite de terça-feira (21) no Brasil, que as Forças de Defesa de Israel "pretendem retomar as operações militares" contra o Hamas assim que a trégua na Faixa de Gaza chegar ao fim.
"O governo israelense, o Exército israelense e as forças de segurança vão continuar a guerra para trazer de volta todas as pessoas sequestradas, eliminar o Hamas e garantir que não exista nenhuma ameaça para o Estado de Israel vinda de Gaza", disse o governo em uma nota enviada à AFP.
O ACORDO
Israel e Hamas fecharam um acordo para libertar 50 reféns em troca de uma pausa no combate. As informações foram divulgadas pelo gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Segundo a imprensa israelense, os primeiros reféns têm previsão de serem libertados na quinta-feira (23). O governo informou que mulheres e crianças sob controle do Hamas serão soltas ao longo de um período de quatro dias.
O gabinete do primeiro-ministro indicou que a extensão da pausa no conflito pode ser prorrogada um dia a cada 10 reféns liberados. O Hamas sequestrou aproximadamente 240 pessoas em outubro, no início do conflito. De acordo com informações do governo dos EUA, o grupo terrorista alega que o cessar-fogo é necessário para facilitar a seleção dos reféns a serem libertados.
Autoridades dos Estados Unidos confirmaram que as negociações para o acordo também incluíam a libertação de 150 palestinos detidos por Israel. Essa informação também foi divulgada em um comunicado pelo Hamas. A pausa no conflito abrirá espaço para a entrada de mais ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Como resultado, caminhões contendo auxílio médico e combustível estão programados para alcançar todas as regiões do enclave.