Israel aprovou o envio à Faixa de Gaza de cerca de 23 milhões de shekels (US$ 6,2 milhões) anuais para pagar a seguridade social e pensões de mil palestinos que trabalharam no país, confirmou hoje o Ministério da Defesa israelense.
Apesar de ser um direito dos ex-funcionários em Israel, este pagamento era feito com dificuldade em Gaza, desde que os bancos israelenses cortaram suas relações com as entidades do território palestino, quando Israel o declarou "território inimigo", em outubro de 2007.
Os fundos serão transferidos a Gaza, governada pelo movimento islâmico Hamas, através de bancos situados na Autoridade Nacional Palestina (ANP), que se encarregarão de "garantir que não acabe nas mãos do Hamas", disse à Agência Efe o porta-voz da Defesa israelense, Shlomo Dror.
A medida beneficiará mil ex-trabalhadores no Estado judeu que atualmente vivem em Gaza, muitos dos quais perderam o emprego no início da Primeira Intifada, em 1987.
O texto final da proposta foi entregue ontem à noite à ANP, que começará agora a preparar o mecanismo de transferência dos fundos, afirma hoje o jornal "Ha"aretz", editado em Tel Aviv.
O novo mecanismo foi elaborado por autoridades militares israelenses, em cooperação com representantes do Ministério da Justiça, das autoridades de luta contra a lavagem de dinheiro e contra o financiamento do terrorismo, do Tesouro Público, do Instituto de Seguridade Social e do banco central, acrescenta.