Israel forma ofensiva terrestre e posiciona tanques em fronteira com Gaza

Brasileiros que estavam abrigados em uma escola na Faixa de Gaza conseguiram chegar à cidade de Khan Younes e agora tentam sair pelo Egito.

Ruínas de uma casa palestina atingida por ataques israelenses no campo de refugiados de al-Shati na Cidade de Gaza. | Reuters
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Após nove dias de guerra entre Israel e o Hamas, a tensão aumenta com a ameaça de uma ofensiva terrestre por parte de Israel. O prazo dado pelo exército israelense expirou no sábado (16), às 10h.

Tanques israelenses estão posicionados perto da fronteira com Gaza, e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu visitou as tropas. Um ataque israelense atingiu um comboio de civis que fugiam em direção ao sul de Gaza, deixando pelo menos 70 pessoas, a maioria crianças e mulheres.

Brasileiros que estavam abrigados em uma escola na Faixa de Gaza conseguiram chegar à cidade de Khan Younes e agora tentam sair pelo Egito. O porta-voz das Forças de Defesa de Israel para a mídia árabe, Avichay Adraee, anunciou que o exército permitirá a movimentação de palestinos que migram para o sul de Gaza por mais seis horas.

Ele instruiu os habitantes de Gaza a utilizar as rodovias Salah Al-Din e Al-Bahr para se deslocarem para o sul.

Na noite da última quinta-feira, o exército israelense havia ordenado que os moradores do norte de Gaza se dirigissem para o sul em um prazo de 24 horas, que expirou na sexta-feira (13). Após críticas e apelos internacionais, Israel estendeu o prazo em seis horas para permitir a evacuação segura de um hospital da ONG Médicos Sem Fronteiras.

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Diversos registros em redes sociais mostram que centenas de civis palestinos foram mortos enquanto tentavam concluir o deslocamento. Segundo o Ministério da Saúde da Palestina, nas últimas 24 horas, os ataques israelenses resultaram na morte de 324 pessoas e deixaram mais de mil feridas na Faixa de Gaza.

Em um vídeo compartilhado pelo cidadão brasileiro Ahmed Alajrami, é possível ver dezenas de corpos, principalmente de crianças, nas ruas e em caminhões. A situação no local é crítica, e os apelos por um cessar-fogo e ajuda humanitária continuam.

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