Israel prende dezenas de árabes por postarem sua opinião sobre guerra em Gaza

Essas prisões fazem parte da chamada “política de tolerância zero” da polícia israelense

Operação policial na Faixa de Gaza | Reprodução
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Na última sexta-feira (20), dezenas de cidadãos árabes de Israel foram detidos por conta de postagens feitas nas redes sociais relacionadas ao conflito em Gaza. A cantora e influenciadora de Nazaré, Dalal Abu Amneh, foi uma das detidas e ficou sob custódia policial por dois dias, sendo posteriormente liberada sob fiança e colocada em prisão domiciliar até segunda-feira (23).

A polícia a acusou de "comportamento perturbador" e afirmou que suas publicações poderiam incitar à violência entre seus seguidores, destacando uma imagem da bandeira palestina com a legenda em árabe: "Não há vencedor senão Deus".

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As autoridades israelenses interpretaram a postagem como uma possível incitação à violência, enquanto a advogada de Abu Amneh argumenta que a cantora estava expressando um sentimento religioso. Essas prisões fazem parte da chamada "política de tolerância zero" da polícia israelense em relação às atividades nas redes sociais que são consideradas expressão de apoio ao grupo Hamas. Desde o início do conflito atual, a polícia afirma ter investigado e detido mais de 100 pessoas por suas atividades nas redes sociais, uma abordagem mais rigorosa em comparação com o conflito anterior em maio de 2021.

Ativistas dos direitos humanos expressam preocupação com o aumento nas prisões, argumentando que a polícia pode estar adotando uma interpretação ampla do que constitui incitamento à violência. Essas ações não se limitam apenas a prisões; muitos árabes israelenses enfrentam suspensões ou demissões de seus empregos, enquanto estudantes são alvo de ações disciplinares em universidades.

O Centro Legal para os Direitos das Minorias Árabes em Israel (Adalah) já recebeu mais de 40 casos de trabalhadores suspensos ou demitidos e registrou queixas de 83 estudantes suspensos em instituições de ensino em todo o país.

Para mais informações, acesse MeioNorte.com

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