Israel reconhece ataque à base da ONU no Líbano

Dois soldados da paz foram feridos após ataque em Naqoura, sul do Líbano.

orças de segurança da Israel reprimem protesto na Cisjordânia em 15 de abril de 2022 | Jaafar Ashtiyeh / AFP
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Israel confirmou, nesta sexta-feira (11), que atingiu a sede da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) em Naqoura, resultando em ferimentos em dois "soldados da paz", que foram transferidos para hospitais locais. 

A porta-voz da UNIFIL, Andrea Tenenti, relatou à CNN que um dos soldados sofreu ferimentos graves, atingido no estômago por estilhaços. Este foi o segundo ataque à sede da UNIFIL em 48 horas. As Forças de Defesa de Israel (FDI) justificaram sua ação alegando que seus soldados enfrentaram uma "ameaça imediata" e responderam com fogo.

INSTRUÇÕES PRÉVIAS

Antes do incidente, as FDI haviam instruído o pessoal da UNIFIL a buscar abrigo em áreas protegidas. As preocupações sobre a segurança dos soldados da paz aumentaram após o ferimento de dois funcionários da UNIFIL na quinta-feira (10).

REAÇÃO DA ONU E COMUNIDADE INTERNACIONAL

A UNIFIL relatou que várias paredes de concreto que protegiam uma posição da ONU na vila de Labbouneh desabaram após uma escavadeira blindada israelense atingir seu perímetro. Em comunicado, as FDI reconheceram que os soldados da paz foram "inadvertidamente feridos durante confrontos com o Hezbollah".

Este episódio gerou condenação internacional, incluindo reações da França e Irlanda, países que contribuem com contingentes para a missão de paz no Líbano. O Ministério das Relações Exteriores da França convocou o embaixador israelense em Paris para discutir a situação.

CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO

A escalada de hostilidades na região está marcada por várias frentes de conflito, incluindo o Hezbollah no Líbano e o Hamas na Faixa de Gaza. Israel mantém operações ativas em várias dessas frentes, com uma recente "operação terrestre limitada" no Líbano, iniciada em 30 de setembro, após o assassinato do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah.

Com o aumento da violência, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar cidadãos no Líbano, enquanto o Itamaraty condenou os ataques e pediu o fim das hostilidades.

SITUAÇÃO ATUAL

Na Cisjordânia, Israel realiza operações para desmantelar grupos opostos à ocupação. Em Gaza, as forças israelenses buscam erradicar o Hamas, que foi responsável pelo ataque em 7 de outubro, resultando em mais de 1.200 mortes. O conflito tem causado uma alta quantidade de vítimas, com mais de 40 mil palestinos mortos, segundo fontes locais.

Com informações da CNN

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