Com base na Escala Internacional de Acontecimentos Nucleares e Radiológicos (INES, na sigla em inglês), a Agência de Segurança Nuclear do Japão aumentou, nesta sexta-feira (18), de 4 para 5 o nível do acidente nuclear de Fukushima. A escala vai até 7.
Ao longo desta sexta, especialistas tentaram resfriar o reator 3 da usina. Dezenas de caminhões-pipa voltaram a lançar água no contêiner, muito danificado após o terremoto do dia 11. Cerca de 30 caminhões foram utilizados na operação.
Na quinta-feira (17), foram jogadas 64 toneladas de água sobre o reator número 3 a partir de caminhões-pipa e helicópteros militares.
Durante o dia, as equipes também tentariam reativar a energia elétrica com cabos externos para ajudar no processo de resfriamento.
A eletricidade pode ser restabelecida na manhã de sábado nos reatores 1 e 2 da usina Fukushima, informou a agência de segurança nuclear do país.
Tóquio
O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, afirmou nesta sexta-feira que o nível de radiação em Tóquio não é perigoso. O diretor da agência da ONU também anunciou que o órgão planeja uma reunião extraordinária sobre as usinas nucleares do Japão, na próxima segunda-feira.
Uma semana
Também nesta sexta, o Japão parou por um minuto em respeito às milhares de vítimas do grande terremoto de magnitude 9 e do devastador tsunami que ocorreram há uma semana. O minuto de silêncio ocorreu às 14h46, exatamente na mesma hora do início do desastre natural registrado na última sexta (11).
Horas antes do minuto de silêncio, as autoridades do Japão calcularam em mais de 6.500 os mortos e em mais de 10 mil os desaparecidos após a tragédia, segundo o último boletim oficial divulgado pela polícia.
Os números, porém, não são definitivos e podem aumentar. O número de feridos está em 2.409.