Japão pode ter mais de 10 mil mortos numa só província. Pais teme uma nova explosão em usina nuclear

Estimativa é da polícia de Miyagi, bastante afetada pelo desastre de sexta.

Tragédia no Japão | Reprodução G1
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A polícia da província japonesa de Miyagi afirmou neste domingo (13) que estima que mais de 10 mil pessoas tenham morrido vítimas do terremoto e do tsunami do dia 11. A província tem uma população de 2,3 milhões e é uma das três mais afetadas pelo desastre. Até agora, foram confirmadas apenas 379 mortes na região.

No país, já são 977 mortos, 739 desaparecidos e 1.683 feridos oficialmente, segundo a Polícia Nacional.

Em paralelo com os trabalhos de resgate, cresce a preocupação com a situação na usina nuclear de Fukushima, onde há risco de uma nova explosão.

Por enquanto, o número confirmado de mortos pelo terremoto de magnitude 8,9 seguido de um tsunami no Japão chega a 900, segundo a polícia. A estimativa é que o número cresça bastante. O acesso a alguns dos locais afetados é bastante difícil.

Militares encontraram entre 300 e 400 corpos no porto de Rikuzentakata, informou o Exército neste sábado. Em outra cidade portuária, Minamisanriku, havia cerca de 10 mil desaparecidos, segundo a TV local.

Moradores passam por destroços em Sendai, na província de Miyagi, neste domingo (13) (Foto: AP)Moradores passam por destroços em Sendai, na província de Miyagi, neste domingo (13) (Foto: AP)

O governo mandou 100 mil militares para as zonas afetadas, dobro do número previsto inicialmente, e já começam a chegar ao Japão as primeiras equipes de resgate enviadas por outros países.

Os EUA puseram à disposição das Forças de Autodefesado Japão seu porta-aviões Ronald Reagan para que seja utilizado como base logística dos helicópteros que voam para as zonas afetadas.

Infraestrutura prejudicada

Milhões de pessoas seguem sem eletricidade e água potável nas zonas afetadas pelo tremor, eo o governo alertou para o risco de blecautes se não houver economia de luz.

Segundo a TV NHK, pelo menos 1,4 milhão de famílias estão sem água potável desde sexta, e outras 2,5 milhões de casas estão sem energia elétrica nas províncias de Aomori, Iwate, Miyagi e Fukushima.

O combustível nos postos de gasolina das províncias atingidas está sendo racionado.

Os cortes de eletricidade afetaram dezenas de hospitais próximos à cidade de Sendai, capital de Miyagi, e que foi a mais afetada.

O Parlamento do Japão não vai funcionar nesta seguna, nem as fábricas das princiais montadores do país: Honda, Nissan, Mitsubishi, Suzuki e Toyota.

O ministro da Economia, Banri Kaieda, disse que as empresas Tokyo Electric Power e Tohoku Electric Power podem aplicar blecautes controlados em sua provisão a partir de segunda-feira para evitar cortes maciços de eletricidade provocados pelo terremoto.

Sétimo pior da história

O tremor foi o 7º pior na história, segundo a agência americana que monitora terremotos, e também o pior já registrado no Japão. Ele foi seguido de mais de duas centenas de réplicas superiores a 5, várias delas sentidas pela população.

O país segue em alerta de novas réplicas.

Houve um alerta de tsunami para diversos países da costa do Oceano Pacífico, mas a chegada das ondas a estes locais causou apenas danos menores, e o alerta foi cancelado. Milhares de moradores foram retirados por precaução.

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