O Japão proibiu a entrada de pessoas no raio de 20 km ao redor da usina nuclear de Fukushima Daiichi, que após ser afetada pelos desastres naturais de 11 de março vazou radioatividade na região, informou nesta quinta-feira (21) o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan.
O governo vai multar em até US$ 1,2 mil ou prender por até 30 dias quem não respeitar a zona de exclusão de 20 km.
A medida começou a valer nesta quinta-feira.
O governo japonês vinha recomendando aos moradores da área que se retirassem do perímetro estabelecido devido ao aumento dos níveis de radiação. Agora a região será esvaziada legalmente.
Algumas pessoas, principalmente idosos, ainda permanecem no local, enquanto outras vinham entrando e saindo da área de exclusão para reaver seus pertences.
Apesar da proibição, o governo japonês concederá uma permissão especial de entrada de duas horas a um integrante de cada família para recuperar seus pertences, informou o porta-voz do Executivo, Yukio Edano.
Entretanto, quem tem casa em um raio de menos de 3 km ao redor da central atômica não poderá mais se entrar no perímetro, acrescentou Edano.
Naoto Kan viajou nesta quinta-feira à província de Fukushima para visitar as famílias retiradas da região, que se encontram nas cidades de Koriyama e Tamura. Ele também se reuniu com o governador Yuhei Sato.
Cerca de 80 mil pessoas viviam no raio de 20 km em torno da central atômica antes do terremoto e do posterior tsunami de março. Esses desastres naturais danificaram seriamente o sistema de resfriamento da usina nuclear.
A Tokyo Electric Power Company (Tepco), empresa operadora da central, anunciou no domingo (17) que prevê devolver o resfriamento estável aos reatores de Fukushima em três meses e levá-los ao estado de ?parada fria? em um prazo entre seis e nove meses.
O governo indicou ainda que, uma vez controlada a central, revisará os perímetros de segurança, que até o momento afetam todas as localidades em um raio de 20 km e algumas situadas até 40 km do complexo.