O presidente americano Joe Biden anunciou nesta quinta-feira (6) um perdão a todas as pessoas com condenação federal pela posse simples de maconha. Mais de 6.500 indivíduos condenados serão afetados pelo indulto.
Com isso, Biden dá seus primeiros passos para descriminalizar a maconha, cumprindo uma promessa de campanha de "limpar a ficha" das pessoas condenadas por essa infração e iniciando o processo de afrouxar a classificação federal da droga.
A lém dos 6.500 beneficiados pelo país, a ação de Biden também abrange milhares de condenados pelo crime no Distrito de Columbia, onde fica a capital Washington. Ele também pede aos governadores que emitam indultos semelhantes para os condenados por posse de maconha sob leis estaduais, que são a grande maioria no país.
Reclassificação
Além do indulto, Biden disse que instruiu o secretário de Saúde e Serviços Humanos Xavier Becerra e o procurador-geral Merrick Garland a começar a revisar como a maconha é classificada sob as leis federais de drogas.
“O governo federal atualmente classifica a maconha como uma substância de “Programa 1”, o mesmo que heroína e LSD – e mais grave que o fentanil”, diz Biden. "Isso não faz sentido."
'Barreiras desnecessárias'
“Mandar pessoas para a prisão por portar maconha arruinou muitas vidas e prendeu pessoas por conduta que muitos estados não proíbem mais”, explica Biden em comunicado.
“Passagens criminais por porte de maconha também impuseram barreiras desnecessárias ao emprego, moradia e oportunidades educacionais. E enquanto pessoas brancas, pretas e pardas usam maconha em taxas semelhantes, pessoas negras e pardas foram presas, processadas e condenadas em taxas desproporcionais”, argumenta Biden.