Lorde renuncia após ser filmado usando cocaína com prostitutas

Sewell, de 69 anos, é casado e pai de quatro filhos

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O político britânico John Sewell, integrante da Câmara dos Londres do Reino Unido, renunciou nesta terça-feira ao cargo depois de a polícia ter iniciado uma investigação para averiguar um vídeo no qual aparece consumindo cocaína com várias prostitutas.

Sewell, de 69 anos, casado e pai de quatro filhos, enviou uma carta ao parlamento na qual comunica sua decisão para "limitar o dano" à reputação da Câmara dos Lordes. Além disso, pede desculpas pela "dor e a vergonha" que seu comportamento causou.

"Meu comportamento não é compatível com a Câmara dos Londres e minha permanência prejudicaria a confiança do público. Sirvo melhor à câmara se a abandonar", afirmou o político escocês, que foi expulso ontem do Partido Trabalhista.

"Espero que minha decisão limite e ajude a reparar o prejuízo que causei a uma instituição pela qual sinto grande afeto", acrescentou.Apesar de deixar o cargo e a atividade parlamentar,

Sewell conservará o título de lorde concedido em 1996 pelo ex-ministro trabalhista Tony Blair.A decisão final do político escocês, que ontem tinha pedido apenas uma licença, é resultado das fortes pressões de seus colegas de parlamento. Representa também um precedente na Câmara dos Lordes, cujos membros, designados e não democraticamente escolhidos, ocupam os cargos de forma vitalícia.

Sewell já tinha renunciado de suas funções como vice-presidente da Câmara dos Londres e de presidente de uma comissão parlamentar - pelos quais recebia 118 mil euros por ano - depois de o tabloide "The Sun" ter publicado no domingo as primeiras fotografias e vídeos do lorde consumindo cocaína com prostitutas.

Ontem, o jornal britânico divulgou novas imagens do Sewell. Desta vez, ele foi flagrado fumando usando um sutiã laranja e fazendo críticas a rivais. Ainda há uma gravação na qual ele revela ter mantido relações sexuais com uma apresentadora da emissora "BBC".

A Scotland Yard foi ao apartamento de Sewell em Dolphin Square, em Londres, após a presidente da Câmara dos Lordes, a baronesa Frances D'Souza, ter pedido a intervenção policial no caso.

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