O presidente sérvio, Boris Tadic, anunciou nesta quinta-feira (25) a prisão de Ratko Mladic, o homem mais procurado da Europa, que atuou como chefe do exército da Sérvia durante a guerra da Bósnia.
"Detivemos Ratko Mladic hoje [quinta-feira] de manhã. O processo de extradição está em curso", afirmou Tadic, aludindo à transferência do ex-comandante para ser julgado pelo tribunal de Haia. Até a prisão desta quinta, Mladic era o principal acusado de crimes de guerra foragido desde o conflito dos Bálcãs, nos anos 1990.
Segundo o presidente, Mladic foi preso na Sérvia. "Isto remove um fardo pesado da Sérvia e fecha uma página infeliz da nossa história", disse.
Comandante das forças sérvias durante a guerra da Bósnia (1992-1995), Mladic foi indiciado pela corte internacional de crimes de guerra em 1995 sob a acusação de genocídio no massacre de 8 mil muçulmanos em Srebrenica e o cerco de 43 meses a Sarajevo.
União Europeia
A demora na prisão do ex-general sob acusações de genocídio era tida como um entrave aos esforços da Sérvia para ingressar na União Europeia.
O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, disse nesta quinta, no entanto, que a prisão de Mladic é uma importante condição para a entrada da Sérvia no grupo, mas não significa sua automática adesão.
A Holanda foi um dos principais países membro da União Europeia a exigirem a prisão de Mladic antes da Sérvia ser aceita como parte do grupo.