A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, foi detida nesta quinta (9) enquanto deixava uma manifestação contra o presidente Nicolás Maduro nos arredores de Caracas. Segundo a oposição, agentes chavistas interceptaram motos que transportavam a opositora e realizaram disparos de arma de fogo antes de sua detenção.
O que aconteceu
Horas depois, a oposição informou que María Corina foi forçada a gravar vídeos enquanto estava sob o poder dos agentes e, em seguida, foi liberada. O incidente ocorre em meio a crescentes tensões políticas no país, com a oposição denunciando perseguições sistemáticas contra líderes contrários ao regime. María Corina havia feito sua primeira aparição pública em cinco meses ao discursar para manifestantes na capital.
Acusação
María Corina Machado é acusada de vários crimes pelo Ministério Público venezuelano e, em agosto, afirmou temer por sua vida, vivendo escondida desde então. Recentemente, ela relatou que agentes chavistas cercaram a casa de sua mãe, de 84 anos, e cortaram a luz da região, o que classificou como uma ação covarde e cruel.
Partidos de oposição
A oposição venezuelana organizou protestos em todo o país nesta quinta-feira, como forma de pressionar Maduro às vésperas de sua posse presidencial. As eleições de julho permanecem controversas, com o tribunal superior e a autoridade eleitoral, ambos controlados pelo regime, afirmando que Maduro venceu o pleito. Por outro lado, a oposição sustenta que González foi o verdadeiro vencedor, recebendo apoio de governos internacionais, incluindo os Estados Unidos.
Volta de González
González, atualmente exilado na Espanha, prometeu retornar a Caracas para tomar posse no dia 10 de janeiro, desafiando as ameaças de prisão emitidas pelo regime. Maduro, por sua vez, acusou a oposição de fomentar conspirações contra ele e reforçou que deteria González caso ele volte ao país.